quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Clássicos

- Pra começar: desculpas. Sim, porque achei que conseguiria manter o blog atualizado, mas devido ao fim de ano, as coisas complicaram. Provas finais me assolaram por muito tempo e pendências maiores me obrigaram a não postar. Mas cá estou e vamos lá.


Kramer vs. Kramer (1979)

Direção: Robert Benton
Roteiro: Robert Benton
Oscar: Melhor ator (Dunstin Hoffman), Melhor atriz coadjuvante (Meryl Streep), Melhor diretor (Robert Benton), Melhor roteiro adaptado (Robert Benton) e Melhor Filme.

Assisti esse filme há um tempo e tenho que confessar que gostei bastante. A história? Bom, um casal. Dustin Hoffman (Ted) e Meryl Streep (Joanna) - só por esses dois o filme seria, pelo menos, bom. Então, Joanna, acha que precisa se encontrar, que a vida não está boa e abandona o marido, um workaholic e o filho de 8 anos.

A partir do momento em que a mãe deixa a casa, começamos a acompanhar o desafio de Ted em virar um pai de verdade e ainda conseguir terminar um projeto para o trabalho para um grande cliente. Enquanto a projeção avança vemos a relação de Ted e Billy (o pequeno Justin Henry) se amadurecendo e começamos a nos identificar, a ficar próximo deles, começamos a compartilhar as angústias, sabe quando se identifica com os personagens? É algo que acontece nesse filme.

Tudo vai bem até que Joanna decide voltar e brigar pela guarda do filho na justiça. Só que a essa altura do filme, nós estamos tão acostumados com o pai e filho que a mulher vira a vilã por querer separá-los.

Meryl Streep, novíssima, já mostra seu talento e potencial que seria revelado na brilhante carreira ainda em andamento, e Hoffman em sua melhor forma, talvez só veremos ele tão bom em Rain Man, 9 anos depois. Grandes atores em excelentes formas, um roteiro belo, o filme consegue te deixar emocionar pela relação de pai e filho, te faz torcer por eles no tribunal, te faz querer gritar na cara do juiz que Ted é um excelente pai.

Por tudo isso, Kramer vs. Kramer é um clássico altamente recomendado para pessoas que gostam de um filme de relacionamentos de qualidade, sem essa bobeirada de hoje em dia.

Nota: 7/10






Casablanca (1942)

Direção: Michael Curtiz
Roteiro: Julius J. Epstein, Philip G. Epstein e Howard Koch
Oscar: Melhor diretor (Michael Curtiz), Melhor roteiro (Julius J. Epstein, Philip G. Epstein e Howard Koch) e Melhor Filme.


Esse eu assisti ontem. Em plena Segunda Guerra Mundial, a cidade de Casablanca é um território onde pessoas que querem fugir para Lisboa e de lá para a América, tentam conseguir vistos e escapar da guerra.

Na cidade conhecemos Rick Blaine (Humphrey Bogart), dono do mais famoso bar da cidade, o Rick's. Fica claro de que Rick não está nem do lado dos nazistas, nem contra eles. Porém o homem tem um passado de luta contra estes. As coisas mudam quando Victor Laszlo (Paul Henreid), um líder anti-nazista que já fugiu várias vezes dos alemães chega a Casablanca com a mulher Ilsa Lund (Ingrid Bergman). O alemão major Strasser também chega na cidade para impedir de que Laszlo escape mais uma vez.

Conhecemos nesse meio também o capitão Renault (Claude Rain), chefe da polícia de Casablanca, corrupto assumido, faz o que for melhor para o seu lado, o que no caso é ajudar o major Strasser.

Só que daí descobrimos que Ilsa foi amante de Rick, enquanto Victor estava em um campo de concentração. Os dois tiveram um romance forte, ardente, inesquecível e quando iam fugir juntos, da invadida Paris, ela o abandona na estação de trem. Amargurado para o resto da vida, Rick se recusa em ajudar o casal a livrar-se do major e fugir para a América.

Aqui vemos um clássico, um verdadeiro filme de ação e romance, muito diferente dessas coisas fracas que vemos nos dias de hoje. As moças provavelmente se apaixonarão por Rick Blaine, um grande sedutor, um verdadeiro galão. E qual homem não achará Ilsa estonteante? Mesmo sem mini-biquínis ou nudez, a mulher é linda. E todos se admiram com a coragem e determinação de Laszlo em tentar ajudar o mundo contra o nazismo.

O final deve ser conhecido para muitos, mas é exatamente o que o filme exigia. Acho que Casablanca não tem nada a ser modificado, é um filme que fica na memória de qualquer cinéfilo que se prese. Uma linda história de amor, drama, aventura. Um filme incrível.

Nota: 8,5/10





- E em 2009, meu curta: Gangues do Grajaú. Fique ligado. Chamada: