segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

O último do ano... nos vemos em 2009!

-- Primeiro, Feliz Natal atrasado e Feliz Ano Novo Adiantado!

Agora, devido as férias de fim de ano não pude fazer o Especial programado. Depois vocês saberão o motivo, mas ele sairá em 2009 ;)




Mamma Mia! (2008)


Direção: Phyllida Lloyd
Roteiro: Catherine Johnson
Extra: Indicado ao Globo de Ouro 08 nas categorias Melhor Filme Comédia/Musical e Melhor Atriz Comédia/Musical (Meryl Streep)


Talvez o musical do ano. Com um sucesso enorme, o filme que usa as músicas do grupo Abba é leve, cheio de romance, comédia e, obviamente, música. O grupo famoso nos anos 80 possui músicas que são cantadas e conhecidas até hoje, o que faz o público se identificar.

Na história Sophie Sheridan (Amanda Seyfried) mora em uma ilha na Grécia (aquelas bem paradisíacas que te dão raiva) e vai se casar. Ela more com a mãe, Donna (Meryl Streep) que é dona de um decadente hotel, mas não conhece seu pai. Lendo o diário da mãe, Sophie descobre três possíveis "pais" e convida todos para sua festa, acreditando que assim que vê-los saberá quem é o tal. Mas, claro, isso não acontece.

A mão fica doida ao ver os três homens na ilha, que a pedido na jovem, não revelam nada do motivo de estarem ali, pois Donna acredita que Sophie não sabe de nada.

Os três possíveis pais da menina são interpretados por Pierce Brosnan (Sam), Colin Firth (Harry) e Stellan Skarsgärd (Bill). Ainda no elenco, temos as amigas de Donna, Julie Walters faz Rosie e Christine Baranski faz Tanya. As três amigas, nos anos passados, formavam um trio musical "Donna and the Dynamos"

As músicas do Abba se casam perfeitamente com a história. O filme não almeja ser um "Moulin Rouge!" ou "Dreamgirls" e cumpre bem o seu papel: um musical divertido que irá fazer você sair cantarolando alguma música do filme quando ele acabar. Acho que é o principal num filme desse gênero, certo?

Meryl Streep convence cantando, apesar de preferi-la atuando, apenas. Achei Donna caricata demais em algumas cenas, poucas é verdade, mas tratando de Meryl Streep, é muito. Porém, na maioria do filme a mulher domina e é excelente como sempre. Só achei um leve exagero sua indicação ao Globo de Ouro, tanto para ela quanto para o filme.

Dos três homens, quatro se levar em conta o noivo de Sophie, Sky (Dominic Cooper, o mesmo que faz o mais recente A Duquesa), cantam direitinho... Firth e Stellan são mais fraco que Pierce, talvez. Esse último não é nenhum grande cantor, pelo contrário, mas na música "SOS", por exemplo, está muito bom de se ouvir.

A filha, jovem atriz, por vezes tem uma vozinha fina demais, mas tem um carisma suficiente para levar o filme suavemente.

Como disse, Mamma Mia! é uma excelente indicação para fãs do gênero, ou de Meryl, mas não vá esperando uma inovação do musical. Curta. Se deixe levar pela história que sairá satisfeito, de repente você até baixar algumas músicas depois ;)


Nota: 6,5/10





Kung Fu Panda (2008)


Direção: Mark Osborne e John Stevenson
Roteiro: Jonathan Aibel e Glenn Berger
Extra: Indicado ao Globo de Ouro 08 de Melhor Filme de Animação


A animação que ficou oculta na sombra de Wall-E. Talvez se a Pixar não tivesse acabado, mais uma vez, com a DreamWorks, o filme do panda poderia ser mais lembrado para os prêmios, porque nas bilheterias o urso detonou o robô. Só de curiosidade: Wall-E foi a menor arrecadação da Pixar no Brasil fazendo apenas 6,3 milhões de dólares, enquanto Kung Fu Panda fez US$16,4 milhões, sendo o 2º filme mais assistido no ano por aqui, atrás apenas de Batman.

Bom, a história é sobre o panda Po (dublado por Jack Black, que encarnou o panda melhor do que ninguém) que é aficcionado por kung fu e o seu vilarejo na China possui o templo onde habitam os Cinco Furiosos: Víbora (Lucy Liu), Garça (David Cross), Louva-Deus (Seth Rogen), Macaco (Jackie Chan) e Tigresa (Angelina Jolie), que são treinados pelo Mestre Shifu (Dustin Hoffman), na esperança de que um deles seja escolhido para ser o Dragão Guerreiro e consiga o pergaminho que ensinará a ser o maior guerreiro kung fu de todos os tempos, e será escolhido pelo mestre ancião Oogway (Randall Duk Kim). Na tentativa de ver a cerimônia de escolha, Po acaba invadindo o tempo e é escolhido pelo mestre como o Dragão Guerreiro.

Mestre Shifu, desacreditado, espera que o panda desista logo, mas se vê obrigado a treiná-lo e as coisas pioram quando Tai Lung (Ian McShane), um ex-aprendiz de Shifu que passou para o Lado Negro da Força, foge da prisão e vai em direção ao templo para roubar o pergaminho.

Na minha opinião é o melhor filme da DreamWorks Animation desde Shrek. Creio que o estúdio tem sorte em fazer personagens gordos sem tanta educação, mas de qualquer forma Po consegue divertir a crianças e adultos de forma cativante. Como comentei acima, Jack Black É o panda. Assistindo aos extras no DVD isso fica ainda mais evidente, eu sinceramente sou fã do cara, e achei que sua dublagem ficou excelente, não que a dos outros tenha ficado ruim, longe disso, mas vocês vêem Seth Rogen (Ligeiramente Grávidos) como um Louva-Deus?

O filme tem suas ótimas cenas de luta, realmente boas, posso citar várias aqui que eu tenha ficado impressionado, ficaram melhores do que muito filme puramente de kung fu. As cenas de comédia não ficam para trás, arrancando boas risadas ao longo de sua projeção. Ao seu estilo, consegue inovar na arte de animação, não irei tecer elogios, porque acho a Pixar ainda superior.

De qualquer forma, Kung Fu Panda é um excelente filme para pais, filhos, tios... Depois de ver Wall-E, vá ver Po e seus amigos, você irá se divertir!


Nota: 7/10


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Aviso

- Estou preparando uma edição especial de fim de ano no Cine Review. Segunda-feira deve estar no ar. Aguardem.

- A partir desse mês a foto principal aí do alto vai sempre mudar. Talvez de mês em mês, talvez de dois em dois meses, mas estarei sempre renovando para não cansar a visita de vocês.

Update: já coloquei o novo: Wall-E

- É isso, aguardem as novidades.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Prêmios...?

- Aproveitando que a lista dos indicados ao Globo de Ouro 2009 foi divulgada nessa quinta-feira (11) vou falar sobre dois filmes que chamaram a atenção dos prêmios e que vão levar alguma coisa. Ambos foram perigosamente ignorados pelo Globo, mas duvido que aconteça no Oscar.


Wall-E (2008)

Direção: Andrew Stanton
Roteiro: Andrew Stanton


Wall-E é mais uma das brilhantes animações da Pixar. Dessa vez o protagonista-título é um robô que está na Terra limpando o lixo deixado aqui. Só que essa Terra está muito diferente: o nível de poluentes ficou tão grande que nosso lar ficou inabitável. Os humanos se foram para o espaço e Wall-E é o último de sua "espécie". Com a fiel companhia de uma barata ele continua cumprindo seu dever de compactar lixo.

Só que mais do que isso, Wall-E é um curioso. Enquanto compacta o lixo ele vai catando coisas que lhe chamam a atenção e vai guardando no que podemos chamar de casa.

Acompanhamos essa solitária vida, mas que não parece incomodá-lo muito, exceto quando está assistindo ao um videocassete de um filme de romance. Ali ele sente-se solitário, querendo dar a mão a alguém.

Então uma nave pousa na Terra e dela sai uma robô chamada EVA. Nossa nova companheira entra Wall-E e o herói imediatamente "se apaixona" por ele. A partir disso o filme se desenrola de maneira brilhante.

Com pouquíssimos diálogos - eu mesmo assisti ao filme legendado com minha prima de 4 anos, explicando-lhe as partes com fala - a animação se mostra uma obra-prima de romance, comédia, aventura, ação, tudo! É um filme completíssimo que deve ser visto por crianças, adolescentes, adultos e idosos. É impossível você não se identificar com o curioso, atrapalhado, obstinado e corajoso herói que começa a mudar tudo assim que chega ao segundo ambiente do filme.

Wall-E pode ser considerado o novo marco na animação. Mas como podemos afirmar isso quando a Pixar já nos fez babar tanto? Toy Story? Procurando Nemo? Os Incríveis? Carros? E o mais recente - e tão brilhante quanto - Ratatouille? Bom, na minha modesta opinião o robôzinho não deve nada a ninguém.

A nova grande animação tem traços de grandes clássicos, é possível identificar Chaplin nas ações do solitário protagonista, um pouco daquele vagabundo que vimos em tantos filmes.

Eu, modesto blogueiro, fico incapacitado de encontrar palavras que sejam dignas para descrever esse filme. Brilhante, é tudo que posso dizer.

Torço que seja lembrado no Oscar para roteiro, som, canção, animação, e me arriscando um pouco, por que não melhor Filme? Sim, é possível. E sim, eu quero Wall-E disputando para melhor filme de 2008 - na minha, mais uma vez humilde opinião, ele só perde para O Cavaleiro das Trevas. Só.


Nota: 9/10




Queime Depois de Ler (2008)

Direção: Joel e Ethan Coen
Roteiro: Joel e Ethan Coen


Esse vai ser complicado para fazer a sinopse inicial, vou fazer meu melhor: Um grande mal entendido. É exatamente em volta disso que o filme gira. Um CD de dados secretos da CIA cai nas mãos de um engraçadíssimo e atrapalhado professor de academia - Chad - (Brad Pitt) e de sua gerente - Linda - (Frances McDormand). Então eles vão querer chantagear o homem, dono dos dados, para ganharem dinheiro para a cirurgia plástica de Linda.

Só que esse homem - Osbourne Cox (John Malkovich) - está em crise no casamento. Sua mulher Katie (Tilda Swinton) o está traindo com Harry (George Clooney), um amigo do casal (vale detalhar que Harry também é casado).

Numa corrente interminável todos no filme acabam atingidos de alguma maneira. Aí é assistir o filme pra saber.

O que posso falar é que há tempos não via Brad Pitt tão bem - talvez no super-cotado-para-prêmios O Curioso Caso de Benjamin Button em que ele faz o papel título e já lhe rendeu a indicação para o Globo de Ouro 09 - suas cenas de comédia são realmente engraçadas e ele encarna o personagem de modo brilhante. Ousaria dizer que ele rouba todas as cenas em que aparece e mais, ele seria o personagem do filme.

Creio eu o grande mérito de Queime Depois de Ler sejam seus personagens e respectivos atores. A neurótica Linda Litzke - encarnada por Frances McDormand, que levou uma indicação para melhor atriz em comédia/musical nos Globos 09 - está sempre atrás de uma namorado que se encaixe nos seus padrões, a mulher rende risadas também é seja, talvez, a protagonista do filme.

Talvez, sim, pois temos tantas pessoas que dividem a cena: o próprio Harry (George Clooney) é um dos principais, faz um garanhão que pega metade das mulheres do filme, cumpre seu papel da maneira correta, nada de brilhante, mas sou suspeito, Clooney pra mim não tem nada de brilhante.

Ainda falando das personagens, a de Tilda Swinton é igualmente correta, faz bem ao filme, mas nada que fizesse falta. John Malkovich dá uma pitada melhor. O ator carrega bem o fardo de marido corno, puto da vida com a CIA, puto da vida com todo mundo.

Mas vale lembrar que os filmes dos irmãos Coen não costumam agradar ao grande público. De fato no grupo de amigos em que assisti só eu gostei. Se quiser ter uma idéia assista a Onde os Fracos Não Tem Vez, um divisor e tanto de opiniões, também dos irmãos.

Um filme de humor negro será do tipo "ame-o ou deixe-o", com toda a certeza. Renderá prêmios? Creio que sim, mostrou a versatilidade dos vencedores do Oscar 2008 e está há duas semanas em 1º lugar das bilheterias brasileiras. Mostra que a força dos Coen cresce por aqui e talvez, também, o gosto do pessoal.

É assistir para dar sua opinião, se possível aqui nos comentários.


Nota: 6,5/10