domingo, 23 de agosto de 2009

A comédia do ano?

Se Beber, Não Case (The Hangover, 2009)


Direção: Todd Phillips
Roteiro: Jon Lucas e Scott Moore
Elenco: Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis
Extra: Custou US$35 milhões e já faturou quase US$ 266 milhões

Sinopse: Doug (Bartha) vai casar e seus amigos Phil (Cooper) e Stu (Helms), acompanhados do cunhado Alan (Galifianakis), o levam para Vegas e se hospedam no tradicional Ceasar Palace. O objetivo, claro, é abusar da diversão. Mas alguma coisa acontece e os caras acordam no dia seguinte sem a menor idéia do que rolou na madrugada. E o pior: o noivo está desaparecido. [AdoroCinema]


Começamos com uma premissa que é bastante comum: despedida de solteiro em Las Vegas. Já vimos isso várias vezes, portanto quando li o resumo achei que seria mais do mesmo. Aí veio o trailer e toques originais foram mostrados, então o filme, sucesso absoluto de bilheteria nos EUA.

"The Hangover" (no original) conta com um excelente roteiro da dupla Lucas e Moore, que consegue deixar o filme - que tinha tudo para cair na mesmice - divertido, original, com elementos de praticamente todos os gêneros que existem. Todd Phillips já é acostumado a filmes leves e voltados para um públicos jovem como "Dias Incríveis" e "Caindo na Estrada" sabe lidar muito bem com as sequências de ação que são muito bem feitas, as partes de comédia contam com uma excelente edição e a produção de todas as maluquices são altamentes bem feitas.

O elenco é praticamente todo de desconhecidos, o trio principal só faz algumas participações em filmes maiores e levam o filme com segurança. Excelente timing para comédia, dão o que faltavam ao filme, e com uma trinca de elenco, direção e roteiro é difícil alguma filme dar errado e "Se Beber, Não Case" passa muito longe de dar errado.

Uma das melhores comédias da temporada que nada devem ao diretor/produtor do momento Judd Apatow, "Se Beber, Não Case" é a melhor pedida se tratando de comédia mais "light" e não menos engraçada.


Nota: 8,5


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

TV Review: No Limite

Acredito ser importante mudar quando necessário. Venho notando que a grande maioria dos blogs hoje em dia não se prendem a um tema específico, possuem seu foco principal, mas falam de outras coisas. Portanto decidi seguir uma linha parecida.

O foco principal continua sendo as reviews de cinema, porém farei de outras coisas, seja programa de TV, música, livro, qualquer coisa do meio que mereça destaque.

Tive essa idéia ao querer falar do "No Limite" no Twitter e os 140 caracteres mostraram-se insuficientes. Nada melhor, então, do que começar com o reality show.


No Limite (Ceará, 2009; direção: Boninho; apresentação: Zeca Camargo)


O programa começou com uma bela produção. A paradisíaca praia do Coqueiral, no Ceará é o palco perfeito para a atração. Uma vantagem do Brasil em relação ao Survivor americano, é que não falta lugares assim para o programa, possibilitando várias edições diferentes sem precisarem ir para outros países (visto que provavelmente o orçamento daqui é bem menor).

Eu não levava muita fé no programa, mas 5 episódios depois, acompanho e torço por alguns candidatos. Acho a abertura muito bem feita, adoro aquela música tema. Aliás, a trilha sonora do programa eu acho excelente, combinando muito bem os momentos e alguns sons um tanto diferentes que encaixam perfeitamente no reality.

A princípio achava que eles estavam com muita mordomia, mas minha visão mudou, acho que estava sendo malvado demais, estar ali já deve ser muito difícil.

O episódio de ontem foi um dos melhores até agora. Começando pelas novas regras que são bem melhores - ao invés do público eliminar, a própria tribo escolhe, como o programa só passa duas vezes na semana, não tem como sabermos quem deve ou não sair, a tribo toma melhor essa decisão, além de aumentar a tensão entre eles. O Exílio é uma boa idéia, com um porém: teria que ser somente um candidato da equipe perdedora, o cara da equipe que vence tem que se ferrar por quê?

Falando em equipe vencedora se ferrar, também discordei em a Manibu escolher duas pessoas da Taiba para ficarem de fora - para igualar o número - se eles possuem mais pessoas é porque fizeram por merecer, então devem ter o direito de deixarem de fora quem acharem melhor, para usufruirem dessa vantagem.

O apresentador Zeca Camargo é bom, durante as provas, na parte do portal não tem aquela enrolação toda do Pedro Bial, é mais direto, porém fica um pouco enrolado na parte de "improvisar", gaguejando bastante. Mas consegue levar tranqüilo.

Com provas dinâmicas - a última com as comidas exóticas foi muito boa, partindo da idéia de que ficamos com real nojo em casa -, competidores interessantes, belo cenário e bela produção, "No Limite - Ceará" me agradou bastante e espero que mantenha o nível.


Até o momento, Nota: 8,5


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

The time goes by...

Um Pobretão na Casa Branca (Head of State, 2003)


Direção: Chris Rock
Roteiro: Chris Rock e Ali LeRoi
Elenco: Chris Rock, Bernie Mac, Dylan Baker
Extra: Faturou mais de US$ 37 milhões nas bilheterias.

Sinopse: Para atrair as minorias, um partido decide lançar como candidato a presidente um vereador negro e pobre. Porém o que não se esperava era que ele se tornasse cada vez mais popular e tivesse chances reais de ser eleito Presidente. [AdoroCinema]



Bom, talvez alguns não conheçam o filme e podem se perguntar o motivo de escrever sobre ele, mas a verdade é que não pretendo falar do filme em si. Achei muito curioso quando o vi novamente essa semana na TV à cabo. Já havia assistido ao filme em 2004 ou 2005, no mesmo canal e havia adorado, achado divertido, lidado com um tema que eu gosto - política - e ter me divertido bastante.

Alguns anos depois, me pego achando tudo aquilo impressionantemente idiota, piadas de mau gosto, clichês que não ficam nada bem, atuações pavorosas, roteiro perdido e direção mais ainda. Achei incrível como mudamos ao longo dos anos, um filme que adorava agora detesto, curioso? Talvez.

"Um Pobretão na Casa Branca" traz Chris Rock à frente da direção, roteiro e atuação, com isso, dedico o fracasso do filme totalmente a ele, que é uma pessoa que eu não simpatizo - muito por sua declaração no ano em que apresentou o Oscar, que disse que só quem assiste à cerimônia são gays, mulheres e desocupados, mostrando seu total descaso com o maior prêmio da indústria e que ele apresentaria.

Mas o foco do post não seus as tomadas péssimas, tentativas altamente forçadas de fazer rir, piadas ridículas e que alcançam somente àquele público específico que gosta de comédias "burras", com raríssimos momentos... "simpáticos". O foco é mostrar os diferentes olhares que podemos ter sobre uma obra, as diferentes opiniões, que não só variam de pessoa para pessoa, como ela própria pode mudar ao longo do tempo. E essa diferença de opiniões me fascina, talvez por isso goste tanto desse nosso "universo" dos blogueiros de cinemas, ver tantas opiniões diferentes sobre uma mesma obra.

Viva a democracia e abaixo Chris Rock.


Nota: 3


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Review

Feliz Natal (idem, 2008)


Direção: Selton Mello
Roteiro: Selton Mello e Marcelo Vindicato
Elenco: Leonardo Medeiros, Darlene Glória, Paulo Guarnieri, Lúcio Mauro.
Extra: Três indicações ao Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro (Som, Atriz [Darlene Glória] e Ator Coadjuvante [Lúcio Mauro])

Sinopse: Um homem decide retornar à capital após muitos anos. Lá ele encontra sua família com diversos problemas, sendo que sua presença altera a situação de todos. [AdoroCinema]


Assisti "Feliz Natal" com certa expectativa. Um erro, sim, mas não pude evitar. Esperava que Selton Mello atrás das câmeras fosse tão bom quanto o à frente delas. Para mim, não foi.

Os primeiros dez minutos de filmes são extremamente chatos, repetitivos e cansativos. Dez minutos apenas. Ali já vi que não seria como eu imaginava. Pois bem, as partes boas: gostei das atuações em especial do protagonista Leonardo Medeiros, sempre correto. Lúcio Mauro não decepciona vivendo o pai da família, Darlene Glória, a mãe problemática também tem cenas muito boas.

A fotografia do filme é boa, mas nada excelente. A parte técnica em geral apenas cumpre sua parte. Me decepcionei com a trilha do filme, achei por demais repetitiva, apesar da canção ser até boa.

O filme conta com uma boa trama familiar, problemas palpáveis, algumas cenas realistas, você sente que aquilo pode acontecer - e acontece - em qualquer família, não é nada improvável, essa parte mais humana do filme funciona muito bem, os delírios do protagonista são muito bem representados, porém, apesar da boa trama, achei o roteiro muito fraco, diálogos pouco marcantes, situações que poderiam ser melhor trabalhadas.

Algo que me incomodou bastante foram planos-sequência extremamente longos, fixos, monótonos. Achei o relacionamento do casal vivido por Guarnieri e Graziella Moretto foi mal trabalhado, principalmente seu desfecho. Porém, uma das cenas finais - com um plano estático - funciona muito bem, apesar de previsível.

No geral, fiquei decepcionado e achei que as partes ruins ofuscaram muito as boas. Com uma boa trama mal trabalhada, Selton Mello peca na sua estreia na direção. Espero que seja azar de principiante e que com experiência nos brinde com direções melhores.


Nota: 6


sábado, 1 de agosto de 2009

Fechamento de Julho

- Olá. Eu considero agosto como o mês de criação desse novo formato do blog, com reviews. Portanto, hoje dia 1º, completo 1 ano à frente do The Cine Review. Obrigado a todos que o acessaram, comentaram e ajudaram direta ou indiretamente. Só continuo aqui graças a vocês. Obrigado.







CORREÇÃO: Desculpe, faltou um filme na lista de julho:

Wimbledon - O Jogo do Amor (Wimbledon)* | Richard Loncraine | 2004 | 7,5


-> Filme do Mês: O Mágico de Oz