O filme conta a história de Mary, uma menininha que mora na Austrália, sem amigos, com pais relapsos e insatisfeita com a própria aparência física que começa a se corresponder com Max, um adulto morador de Nova York, EUA. Também sem amigos, vários vícios e diagnosticado com síndrome de Asperger, que seria uma espécie de autismo, onde a pessoa tem dificuldades em entender metáforas, acredita em tudo literalmente.
O subtítulo escolhido no Brasil não poderia ser mais apropriado, "uma amizade diferente" pode definir bem a relação de Mary e Max. Mas Adam Elliot, diretor e roteirista do filme, consegue transformar toda essa diferença em algo tão natural, algo que é óbvio, que complementa os dois. Transforma simples cartas em depoimentos emocionados, que tocam tão fundo seu coração que é bem difícil se dar conta de que tais palavras estão saindo de personagens feitos em stop-motion.
Acho que um filme te conquista de verdade quando você começa a escrever sobre ele, e conforme vai lembrando seus olhos enchem-se de lágrimas novamente. E isto não é um feito fácil, o que dá ainda mais destaque ao que Elliot faz com toda a equipe que monta um filme que extrapola qualquer tipo de definição, de rótulo: "Mary e Max" é um filme genial e ponto.
Mary e Max - Uma Amizade Diferente (Mary and Max)
Direção: Adam Elliot
Roteiro: Adam Elliot
Elenco: vozes de Toni Collette, Philip Seymour Hoffman e Eric Bana
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