sábado, 12 de março de 2011

Mary e Max - Uma Amizade Diferente

Nos últimos anos venho ouvindo bastante os cinéfilos em geral falando de "animações de gente grande", no sentido de que tal filme, apesar de ser uma animação - e imediatamente direcionada a um público infantil, atinge os "adultos" de forma muito mais intensa. "Wall-E" com todas suas referências cinematográficas, "Ratatouille" e toda sua sutileza. Mas acho que, num período recente, nenhum se encaixa melhor na definição de "animação pra gente grande" do que "Mary e Max".

O filme conta a história de Mary, uma menininha que mora na Austrália, sem amigos, com pais relapsos e insatisfeita com a própria aparência física que começa a se corresponder com Max, um adulto morador de Nova York, EUA. Também sem amigos, vários vícios e diagnosticado com síndrome de Asperger, que seria uma espécie de autismo, onde a pessoa tem dificuldades em entender metáforas, acredita em tudo literalmente.

O subtítulo escolhido no Brasil não poderia ser mais apropriado, "uma amizade diferente" pode definir bem a relação de Mary e Max. Mas Adam Elliot, diretor e roteirista do filme, consegue transformar toda essa diferença em algo tão natural, algo que é óbvio, que complementa os dois. Transforma simples cartas em depoimentos emocionados, que tocam tão fundo seu coração que é bem difícil se dar conta de que tais palavras estão saindo de personagens feitos em stop-motion.

Acho que um filme te conquista de verdade quando você começa a escrever sobre ele, e conforme vai lembrando seus olhos enchem-se de lágrimas novamente. E isto não é um feito fácil, o que dá ainda mais destaque ao que Elliot faz com toda a equipe que monta um filme que extrapola qualquer tipo de definição, de rótulo: "Mary e Max" é um filme genial e ponto.




Mary e Max - Uma Amizade Diferente (Mary and Max)

Direção: Adam Elliot
Roteiro: Adam Elliot
Elenco: vozes de Toni Collette, Philip Seymour Hoffman e Eric Bana

terça-feira, 1 de março de 2011

Filmes de Fevereiro




Filme do Mês: Central do Brasil (Walter Salles, 1998)