domingo, 6 de novembro de 2011

Na Balança: The X Factor UK vs USA

Estou pra fazer esse texto há algumas semanas, mas sempre acabo deixando para depois. Tendo os dois shows chegado a mesma etapa, os shows ao vivo, fica mais fácil de compará-los. O show foi criado em 2003 por Simon Cowell, mais famoso por ser jurado no American Idol, coisa que deixou de fazer neste ano para se dedicar ao seu próprio show de calouros na terra do Tio Sam.

O formato britânico existe há 8 anos, cresceu, aprendeu com os erros, renovou-se. Esse ano, três dos quatro jurados deixaram o programa, seu criador e principal estrela, Simon Cowell, incluso. Tinha tudo para dar errado, mas Tulisa, Kelly Rowland e Gary Barlow superaram todas as expectativas e fazem um trabalho excelente, sem deixar espaço para saudades de seu antigo painel.

Enquanto o norte-americano possui o próprio Simon, Paula Abdul - outra ex-jurada do American Idol, L.A. Reid e Nicole Scherzinger. Um quarteto que funcionou bem durante as fases iniciais, mas que agora nos shows Nicole e LA encontram um pouco de problemas na hora de comentar e a moçoila, também não se ajustou ainda com o fato de ser a mentora, a coach de sua categoria.

Dito isso, as audições do UK foram muito melhores. Melhores participantes, melhor edição, ritmo dinâmico, dosando bem os candidatos ruins com os bons. Enquanto o dos EUA, teimou em mostrar muita gente ruim, teve um ritmo lento demais, repetitivo e foi altamente prejudicado pelo péssimo apresentador - coisa que o da Grã-Bretanha não sofre, Dermot é um dos melhores apresentadores de reality show hoje.

O grande problema ao passar das fases, foi que o formato dos EUA pareceu não aprender com o primo britânico. Uma edição que prejudica demais o programa, participantes com muita história, mas sem o tal do fator X. Por exemplo, a fase do "judge's houses" que é pra ser algo mais íntimo, suave, unplugged - como é no Reino Unido, soou falso, todos pareciam estar cantando com playback e perdeu a característica intimista.

Agora nos shows ao vivo, o UK mostra que tem, provavelmente, o melhor grupo de participantes desse formato em anos, desde seu Top 32, os candidatos são de um nível incrível, isso para um estilo de programa que está no ar há mais de 10 anos é revigorante e empolgante. Vozes incríveis, você espera para ver o que cada um vai fazer e teme que seu favorito saia.

Já nos EUA, nenhum participante ainda empolgou de verdade, não fico ansioso por ninguém e nem temo pela segurança de nenhum. A única coisa que a versão americana conseguiu superar a original, foi no palco, que ajuda qualquer cantor a fazer uma grande performance.

Torço para que o britânico continue excelente e que o estadunidense aprenda, e ano que vem melhore muito sua edição, mude seu apresentador e substitua de vez Nicole Scherzinger por Cheryl Cole. Uma mostra, posto abaixo duas performances que gostei de cada versão, cuidado que você ainda pode não ter visto.

The X Factor USA:

Stereo Hogzz - "Throug The Grapevine", fase da casa dos jurados


Astro - "Jump", show ao vivo 1



The X Factor UK:
(quero botar mais uns 5 vídeos aqui, pode?)

Misha B - show ao vivo 1
Rolling in the Deep

Craig Colton - show ao vivo 5
Heaven

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

De Volta à TV: Dexter, Fringe e The Big C

Eis que a Fall Season começou. Claro que aqui não irei abordar todas as séries novas ou as voltas das minhas favoritas, mas três em particular me instigaram a escrever sobre seus episódios de estreia.

Antes, menção honrosa ao premiere de Raising Hope, Community e The Good Wife que foram sensacionais e muito, muito promissores. Espero que não decepcionem como The Big Bang Theory e House, que só o Mestre dos Magos sabe porque ainda vejo. How I Met Your Mother voltou prometendo ser aquela maravilha que conhecemos e Modern Family parece mais consistente que a temporada anterior.

Das séries novas, Person of Interest parece a melhor, de muito longe. Falta conferir Pan Am.


Agora, a primeira que gostaria de falar sobre: o season premiere da quarta temporada de Fringe. A série, que por algum motivo não consegue grandes níveis de audiência nos EUA é a melhor coisa da telinha de ficção científica. E mais que isso, é um suspense empolgante que sempre podemos esperar algo de novo e incrível. No melhor sentido possível. Essa temporada promete juntar pedaços, conectar mundos e colocar ainda mais dúvidas em nossas cabeças. Anna Torv está chutando todas as bundas magrelas da TV e mostrando que é muito, muito mais do que um rosto lindo - aliás, quando ela tava possuída pelo Belly já tinha provado o talento. Espero que mantenha o ótimo nível e que os estúpidos EUA melhorem a audiência.


A segunda é Dexter. Esta vem em crise de altos e baixos. Uma terceiro temporada que não empolgou, uma quarta que melhorou e teve no final seu ápice e uma quinta muito abaixo do que nos acostumamos a ver. Essa sexta temporada começou de forma bem mais interessante e se seguir o caminho que imagino, tem tudo pra voltar aos eixos e ser uma puta série. O tema religioso cai como uma luva ao personagem e seu momento e a todo o contexto da série em si. Subtramas interessantes e um plot central controverso podem alavancar Dexter de volta ao topo.


Por último e não menos importante a season finale de The Big C. Sim, todos sabíamos porque Lee entrou na série, sim sabíamos que seria difícil superar toda aquela carga emocional da temporada de estreia, mas também sabemos que Laura Linney é um atriz do cacete e nunca podemos subestimá-la. A série foi bem mais devagar que a anterior, mas construiu laços não só com os personagens, mas conosco, passamos a viver a vida de Cathy, torcer por tudo e ficarmos cada vez mais próximos. E em seus dois últimos episódios The Big C fez o que The Big C faz de melhor: nos fazer chorar copiosamente sem forçar a barra. Emociona de forma sutil, e mesmo que previsível, a atuação precisa do elenco faz com que tudo faça sentido e que podemos ver a vida em momentos cruéis demais. Série já renovada para a 3ª temporada e torço para que os criadores saibam a hora de finalizá-la. Por enquanto, Cathy e o Big C continuam afiados em nos fazer chorar.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sexo Sem Compromisso X Amizade Colorida

Esses dois filmes do título são lançamentos recentes e com a mesma temática: amigos que estão desgostosos com o amor, decidem fazer sexo sem toda aquela enrolação de um relacionamento, apenas para aproveitar o prazer da coisa sem a parte chata de um namoro e sem risco de levar um pé na bunda

"No Strings Attached" traz Ashton Kutcher - nos holofotes pela entrada na série "Two and a Half Men" no lugar de Charlie Sheen - e Natalie Portman, vencedora do Oscar 2011 por "Cisne Negro". No mínimo interessante só por vermos Natalie Portman em um papel leve e sendo sexy como sabe. Mas a química entre o casal deixa a desejar, o filme cai demais na mesmice não apresenta absolutamente nada de novo e tenta apostar tudo na beleza de seus protagonistas, os coadjuvantes tentam dar aquele alívio cômico, mas não convence. Pena que um diretor experiente como Ivan Reitman não entrega nada de novo. Mas ainda assim se você estiver de bom humor o filme vale por Natalie Portman, mas tente não gastar muito dinheiro assistindo.

E quanto a "Friends With Benefits" - reparem que até os títulos originais revelam o quão parecidos são - que chegou alguns meses depois tem como casal principal Justin Timberlake - cada vez mais ator que cantor, e até que talentoso - e a outra mulher linda de "Cisne Negro": Mila Kunis. Bom, nessa "disputa" Kunis leva a melhor. "Amizade Colorida" consegue ser bem mais despretensioso do que o anterior, a química entre os protagonistas é ótima - sim, aqui o diretor Will Gluck também aproveita a beleza física do casal, mas seria difícil não fazê-lo, porque né... Gluck é responsável por outro filme que tem a temática batida e que amei: A Mentira (Easy A). O filme é bem mais engraçado, leve, sexy, só peca com o draminha na metade final - que também existe no outro filme, mas estilos de draminhas diferentes.

Se você não tá afim de ver dois filmes muito parecidos, aconselho "Amizade Colorida", mas se não tiver muito o que fazer e talz com aquela minita ao lado, veja os dois, quem sabe não tira umas boas ideias daí né...



quarta-feira, 14 de setembro de 2011

TCR TV Awards

De uns anos pra cá comecei a ver um número considerável de séries - 24 segundo o Oragotag - e como o Emmy é neste domingo (18) resolvi fazer pela primeira vez o prêmio do blog pra categoria. Bom deixar claro que não vejo "Mad Men" :p

DRAMA
Melhor Série
The Good Wife

Melhor Ator
Steve Buscemi, por "Boardwalk Empire"

Melhor Atriz
Julianna Magulies, por "The Good Wife"

Melhor Ator Coadjuvante
Peter Dinklage, por "Game of Thrones"

Melhor Atriz Coadjuvante
Archie Panjabi, por "The Good Wife"


COMÉDIA
Melhor Série
Community

Melhor Ator
Louis C.K., por "Louie"

Melhor Atriz
Laura Linney, por "The Big C"

Melhor Ator Coadjuvante
Eric Stonestreet, por "Modern Family"

Melhor Atriz Coadjuvante
Jane Lynch, por "Glee"


Melhor Minissérie ou Telefilme
"Mildred Pierce"


Menção honrosa: "Friday Night Lights" que terminou com uma das cenas mais bonitas do ano, um elenco afinadíssimo e uma série teen que sabia emocionar.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Filmes de Março





Filme do Mês: "Cantando na Chuva" (Singin in the Rain, 1952)

sábado, 12 de março de 2011

Mary e Max - Uma Amizade Diferente

Nos últimos anos venho ouvindo bastante os cinéfilos em geral falando de "animações de gente grande", no sentido de que tal filme, apesar de ser uma animação - e imediatamente direcionada a um público infantil, atinge os "adultos" de forma muito mais intensa. "Wall-E" com todas suas referências cinematográficas, "Ratatouille" e toda sua sutileza. Mas acho que, num período recente, nenhum se encaixa melhor na definição de "animação pra gente grande" do que "Mary e Max".

O filme conta a história de Mary, uma menininha que mora na Austrália, sem amigos, com pais relapsos e insatisfeita com a própria aparência física que começa a se corresponder com Max, um adulto morador de Nova York, EUA. Também sem amigos, vários vícios e diagnosticado com síndrome de Asperger, que seria uma espécie de autismo, onde a pessoa tem dificuldades em entender metáforas, acredita em tudo literalmente.

O subtítulo escolhido no Brasil não poderia ser mais apropriado, "uma amizade diferente" pode definir bem a relação de Mary e Max. Mas Adam Elliot, diretor e roteirista do filme, consegue transformar toda essa diferença em algo tão natural, algo que é óbvio, que complementa os dois. Transforma simples cartas em depoimentos emocionados, que tocam tão fundo seu coração que é bem difícil se dar conta de que tais palavras estão saindo de personagens feitos em stop-motion.

Acho que um filme te conquista de verdade quando você começa a escrever sobre ele, e conforme vai lembrando seus olhos enchem-se de lágrimas novamente. E isto não é um feito fácil, o que dá ainda mais destaque ao que Elliot faz com toda a equipe que monta um filme que extrapola qualquer tipo de definição, de rótulo: "Mary e Max" é um filme genial e ponto.




Mary e Max - Uma Amizade Diferente (Mary and Max)

Direção: Adam Elliot
Roteiro: Adam Elliot
Elenco: vozes de Toni Collette, Philip Seymour Hoffman e Eric Bana

terça-feira, 1 de março de 2011

Filmes de Fevereiro




Filme do Mês: Central do Brasil (Walter Salles, 1998)

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Prevendo: Oscar 2011

Depois de uma certa briga interna para escolher alguns vencedores, como em maquiagem, figurino e trilha sonora, cheguei aos palpites abaixo... espero ter escolhido certo. O Oscar acontece nesse domingo (27), com transmissão ao vivo do canal TNT, com apresentação de James Franco e Anne Hathaway (foto).


Melhor filme
•O Discurso do Rei

Melhor diretor
•David Fincher - A Rede Social

Melhor ator
•Colin Firth - O Discurso do Rei

Melhor atriz
•Natalie Portman - Cisne Negro

Melhor ator coadjuvante
•Christian Bale - O Vencedor

Melhor atriz coadjuvante
•Hailee Steinfeld - Bravura Indômita

Melhor roteiro original
•O Discurso do Rei

Melhor roteiro adaptado
•A Rede Social

Melhor longa animado
•Toy Story 3

Melhor filme em língua estrangeira
•Incendies

Melhor direção de arte
•O Discurso do Rei

Melhor fotografia
•Bravura Indômita

Melhores efeitos visuais
•A Origem

Melhor figurino
•O Discurso do Rei

Melhor montagem
•A Rede Social

Melhor maquiagem
•O Lobisomem

Melhor documentário
•Trabalho Interno

Melhor documentário em curta-metragem
•Poster Girl

Melhor curta-metragem
•Na Wewe

Melhor animação em curta-metragem
•Day & Night

Melhor trilha sonora
•Trent Reznor e Atticus Ross - A Rede Social

Melhor canção original
•"We Belong Together" - Toy Story 3

Melhor edição de som
•A Origem

Melhor mixagem de som
•A Origem

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Filmes de Janeiro



(clique para ampliar)


Filme do Mês: O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Globo de Ouro 2011: Pós-festa

Bom, o Globo de Ouro acabou de acabar, não farei comentários aqui, quem estiver interessado pode ler meus tweets em aqui, mas a grande maioria me acompanhou em tempo real no ótimo papo dos cinéfilos. Ricky Gervais foi bem melhor que no ano passado e sua acidez pra mim continua no ponto exato. Previsível e sem graça vamos ao balanço das minhas apostas ao prêmio desse ano:

Na TV, errei tudo. Menos na parte te Minisséries/Telefilme: acertei "Carlos", Al Pacino e Claire Danes, que eram mamatas e também Laura Linney em atriz/série Comédia/Musical, um desastre.

No cinema, acertei as também mamatas: "A Rede Social", filme drama; "Minhas Mães e Meu Pai" filme comédia/musical; Fincher, melhor diretor; Firth e Portman, atores em drama; Bening atriz comédia/musical; Sorkin em roteiro e "Toy Story 3" em animação.

Errei os atores coadjuvantes, apostei na dupla de "O Discurso do Rei" e saiu a dupla de "O Vencedor". Ator comédia/musical saiu a surpresa de Paul Giamatti; Trilha Sonora foram de "A Rede Social" e Canção Original a de "Burlesque", "You Haven't Seen The Last of Me".

A lista completa e organizada você pode ver aqui

Até os SAG Awards e Oscar.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Prevendo: Globo de Ouro 2011

O 68º Globo de Ouro vai ao ar nesse domingo (16) e como a grande maioria dos cinéfilos vou colocar aqui a lista do que acredito que serão os vencedores da noite:


Melhor Filme - Drama
"A Rede Social"

Melhor Ator - Drama
Colin Firth, por "O Discurso do Rei"

Melhor Atriz - Drama
Natalie Portman, por "Cisne Negro"

Melhor Filme - Musical/Comédia
"Minhas Mães e Meu Pai"

Melhor Ator - Musical/Comédia
Johnny Depp, por "Alice no País das Maravilhas"

Melhor Atriz - Musical/Comédia
Annette Bening, por "Minhas Mães e Meu Pai"

Melhor Ator Coadjuvante
Geoffrey Rush, por "O Discurso do Rei"

Melhor Atriz Coadjuvante
Helena Bonham Carter, por "O Discurso do Rei"

Melhor Diretor
David Fincher, por "A Rede Social"

Melhor Roteiro
Aaron Sorkin, por "A Rede Social"

Melhor Trilha Sonora Original
Hans Zimmer, por "A Origem"

Melhor Canção Original
"There's a Place For Us", do filme "As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada"

Melhor Animação
"Toy Story 3"


Série/Drama: "The Walking Dead" Série/Comédia: "Modern Family" Minissérie/Telefilme: "Carlos" Ator/Minissérie/Telefilme: Al Pacino, por "You Don't Know Jack" Atriz/Minissérie/Telefilme: Claire Danes, por "Temple Grandin" Ator/Comédia: Steve Carell, por "The Office" Atriz/Comédia: Laura Linney, por "The Big C" Ator/Drama: Bryan Cranston, por "Breaking Bad" Atriz/Drama: Julianna Margulies, por "The Good Wife" Ator Coadjuvante: Eric Stonestreet, por "Modern Family" Atriz Coadjuvante: Sofía Vergara, por "Modern Family"

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Filmes de Dezembro





Filme do Mês: "Cantando na Chuva" (Singin' in the Rain, Stanley Donen e Gene Kelly, 1952)



Balanço de 2010:

Filmes Assistidos: 208
Mês com mais filmes vistos: Dezembro (27)
Mês com menos filmes vistos: Junho (11)