terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Melhores do Ano

Fim de ano chegando e as clássicas listas aparecendo. Com bastante dificuldade tentei juntar os 10 principais filmes de 2009 e os destaques individuais, na minha humilde opinião:



1º - O Curioso Caso de Benjamin Button (The Curious Case Of Benjamin Button, David Fincher)
2º - Avatar (idem, James Cameron)
3º - O Lutador (The Wrestler, Darren Aronofsky)
4º - Up - Altas Aventuras (Up, Pete Docter e Bob Peterson)
5º - À Deriva (idem, Heitor Dhalia)
6º - Bastardos Inglórios (Inglorious Basterds, Quentin Tarantino)
7º - Dúvida (Doubt, John Patrick Shanley)
8º - Quem Quer Ser Um Milionário? (Slumdog Millionaire, Danny Boyle)
9º - 500 Dias com Ela (500 Days of Summer, Marc Webb)
10º - Distrito 9 (District 9, Neill Blomkamp)


E os maiores destaques:

Melhor Diretor: James Cameron, por "Avatar"
Melhor Roteiro: Quentin Tarantino, por "Bastardos Inglórios"
Melhor Ator: Mickey Rourke, por "O Lutador"
Melhor Atriz: Kate Winslet, por "O Leitor" e Anne Hathaway, por "O Casamento de Rachel"
Melhor Ator Coadjuvante: Christoph Waltz, por "Bastardos Inglórios"
Melhor Atriz Coadjuvante: Marisa Tomei, por "O Lutador"

Melhor Trilha Sonora: Nicholas Hooper, por "Harry Potter e o Enigma do Príncipe"
Melhor Canção: "The Wrestler", de Bruce Springsteen para o filme "O Lutador"
Melhores Efeitos Visuais: Avatar
Melhor Maquiagem: O Curioso Caso de Benjamin Button
Melhor Figurino: O Curioso Caso de Benjamin Button
Melhor Direção de Arte: O Curioso Caso de Benjamin Button
Melhor Fotografia: O Curioso Caso de Benjamin Button
Melhor Edição: Quem Quer Ser um Milionário?
Melhor Som: Avatar

domingo, 27 de dezembro de 2009

Onde Vivem os Monstros

(Where The Wild Things Are, 2009)

Direção: Spike Jonze
Roteiro: Spike Jonze e Dave Eggers, baseado na obra de Maurice Sendak
Elenco: Max Records, Catherine Keener, Mark Ruffalo, James Gandolfini, Paul Dano
Extra: Custou US$100 milhões. Indicado ao Globo de Ouro 2010 de Melhor Trilha Sonora (Karen O e Carter Burwell)


Desde o dia em que assisti ao trailer de "Onde Vivem os Monstros" minha vontade de vê-lo só cresceu. De algum modo o singelo trailer que mostrava o jovem Max com aqueles lindos monstros, sobre uma linda fotografia, com uma bela trilha de fundo e uma história cativante despertaram meu lado mais infantil, que vinha um pouco adormecido.

Essa bela história nos apresenta ao jovem Max, que ao brigar com sua mãe numa noite pega um barco e acaba parando em uma distante ilha onde encontra esses monstros, que após ficarem com medo, com fome, ficam encantados e o adotam como seu rei.

A partir disso vemos a bela construção de uma amizade, quase que literal - ao verem o filme entenderão - pontuada com desafios, desentendimentos, mas com um sentimento puro sempre falando mais alto.

Acho que o grande mérito do diretor Spike Jonze é justamente isso, essa pureza sempre presente, esse relacionamento delicado que muitas vezes se perdem ou não são tão reais. Para assistir a esse filme você tem de ir com uma mente aberta, receptiva a entrar naquele mundo, naquela história, abraçar aqueles monstros também, deixar-se levar pelo rei Max. Te garanto que não é tão difícil, se ajudar, feche os olhos e ouça uma das melhores trilhas do ano composta por Karen O e Carter Burwell e aquelas belas imagens mostradas pelo eficaz diretor que comanda o filme muito bem.

O ótimo ritmo impresso, a linda fotografia e a criação dessas criaturas tão lindas e feias ao mesmo tempo, fazem com que "Onde Vivem os Monstros" seja uma experiência para toda família e que de alguma forte toque seu lado jovem mais sensível e te deixe levar. Você não se arrependerá.


Nota: 8,5

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Dica

o canal de TV à cabo TCM vem fazendo desde o dia 1º de dezembro a terceira edição do especial "50 Filmes que Você Deveria Ver Antes de Morrer". No primeiro dia passaram "A Cor Púrpura", de Steven Spielberg. De lá pra cá já tivemos "Uma Rua Chamada Pecado", "E o Vento Levou", "Contatos Imediatos de Terceiro Grau", "O Exorcista" e muitos outros. Sempre na faixa das 22h com reprise no dia seguinte.

Para todos os amantes da sétima arte que muitas vezes não conseguem achar esses clássicos para assistir é uma oportunidade imperdível. Confiram.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Rapidinhas

À Deriva (idem, 2009)

Direção: Heitor Dhalia

Como eu disse no twitter, pra mim é o melhor filme nacional desde "Cidade de Deus" e "Central do Brasil". Que direção impecável, roteiro lindo, atuações fortes e seguras, uma trilha sonora fabulosa e uma fotografia beirando a perfeição. Que exemplar, nosso cinema precisa de mais filmes assim, parabéns Heitor Dhalia.

Nota: 9




Food, Inc. (-, 2008)

Direção: Robert Kenner

Uma coisa na indústria do cinema da qual não podemos reclamar: os documentários ficam cada vez melhores, defendendo pontos relevantes e expondo assuntos delicados de forma altamente corajosa. Um dos favoritos ao Oscar é um tapa na cara da indústria, tem uma ótima edição e uma produção impecável.

Nota: 9




Julie & Julia (idem, 2009)

Direção: Nora Ephron

Uma das palavras que mais vêm sendo usada pelos que comentam esse filme é: delicioso. Peço licença para usá-lo também. Quando o filme acaba estamos morrendo de vontade de provar as receitas de Julia Child, encantados pela monstra da atuação Meryl Streep e plenamente satisfeitos em assistir um filme leve e delicioso.

Nota: 8,5

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Fechamento de Novembro


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Filme do Mês: Magnólia

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

500 dias de satisfação

500 Dias com Ela (500 Days of Summer, 2009)

Direção: Marc Webb
Roteiro: Scott Neustadter e Michael H. Weber
Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Zooey Deschanel.


Eu confesso que tenho um certo preconceito com comédias românticas, há muito tempo o gênero está batido, cheio de clichês, nada de original. Mas eis que de tempos em tempos surgem filmes que nos relembram como o cinema pode ser surpreendente e ainda original, mesmo com anos e anos e anos.

Assim como aconteceu comigo em "Simplesmente Amor", "500 dias com ela" me encantou completamente. A história nos apresenta a Tom Hansen (Joseph Gordon-Levitt), um eterno apaixonado, crente no amor e que vê em sua irmã pequena uma excelente psicóloga. O rapaz então conhece a nova secretária de seu chefe, Summer Finn (Zooey Deschanel) e de pronto se apaixona pela mulher.

Mulher esta que é totalmente seu oposto no assunto relacionamentos. Não crê que o amor exista de verdade, nunca teve um relacionamento que durasse ou se tornasse algo mais sério. Sob esta temática - que não é tão original - os roteiristas conseguem criar situações engraçadas, românticas e desenvolvem muitíssimo bem os personagens, com o auxílio de uma montagem quase perfeita.

Vale destacar também o modo que usam a arte do filme, com o vai-e-vem das contagens dos "dias com ela", até um passarinho em animação que interage com o protagonista numa sensacional seqüência de dança.

Os destaques individuais vão para três pessoas: o diretor, Webb, que leva o filme com muita sutileza, trabalhando plano a plano de maneira deliciosa, construindo o filme muito bem. Gordon-Levitt e Deschanel formam um casal ótimo, com uma química melhor ainda. A beleza da mulher ajuda ainda mais a entendermos como o homem apaixona-se por ela... A dupla transmite muito bem os sentimentos de seus personagens e fazem um trabalho excepcional.

"500 dias com ela" é um filme que nos deixa com aquela sensação boa após seu término e sempre volta a nossa cabeça, relembrando uma cena ou um diálogo. É bom saber que ainda temos bons exemplares de cinema de qualidade aí fora.


Nota: 9

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

The Oscar's Host

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou hoje os apresentadores do Oscar 2010. Sim, no plural. Steve Martin e Alec Baldwin serão os anfitriões da festa. O interessante da dupla é sua "rivalidade", principalmente no programa "Saturday Night Live" em que vivem disputando quem apresentou mais o show de comédia.



Gosto muito da escolhe de Martin, já provou que é capacitado para apresentar a festa (o fez em 2001 e 2003) e Baldwin pode dar certo, temos que esperar para ver. A risada é garantida, contanto que não tenhamos um retrocesso em relação ao último ano, a escolha é muito válida. Boa sorte para eles. E para nós.

Confira seu monólogo de abertura no Oscar 2001 aqui

Créditos: Omelete

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Fechamento de Outubro




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Filme do Mês: Pulp Fiction - Tempos de Violência

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

The Globe's Host

- Começando com força a temporada de prêmios, foi anunciado hoje quem será o apresentador do Globo de Ouro 2010, mudando um pouco a fórmula do prêmio que não tinha um apresentador fixo, ligando os segmentos. O nome? Ricky Gervais.



Na minha opinião não existe escolhe melhor para os Globos, o cara tá na TV, tá no cinema, tá no teatro e é um dos mais engraçados da atualidade. Tudo que o Globo de Ouro precisa, o homem liga todas as áreas e é britânico, levando mais em conta que o Globo é escolhido pela imprensa estrangeira.

Excelente escolha, torço por Gervais. Com isso temos um nome a menos para o Oscar, mas confirmamos esse excelente ator em um dos principais prêmios da categoria.





Créditos: Blog da Ana Maria Bahiana

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Rapidinhas

Entre Lençóis (idem, 2008)

Direção: Gustavo Nieto Roa

Mais uma obra brasileira inspirada no cinema latino. Este filme pega quase todos os elementos do chileno "Na Cama" que é bem superior. DIreção fraca, roteiro bagunçado, atuações que não ajudam em nada, além de terem corpos bonitos. Outro péssimo exemplo do caminho do cinema nacional.

Nota: 3,5



Linha de Passe (idem, 2008)

Direção: Walter Salles e Daniela Thomas

Agora sim um filme original que mostra sim a pobreza, favela, elementos rotineiros no cinema brasileiro, mas de uma forma sutil que consegue chocar. Ótima direção da dupla brasileira, seguros, firmes. Linda trilha sonora de Gustavo Santaolalla, excelente fotografia de Mauro Pinheiro Jr. Outro ótimo exemplo do caminho do cinema nacional.

Nota: 8




Star Trek (idem, 2009)

Direção: J.J. Abrams

O mega-produtor de séries de televisão está migrando para o cinema em grande estilo. Maravilhosa direção de Abrams, ótimo roteiro, ótimo elenco, boa trilha, boa fotografia, ótimos figurinos e direção de arte e efeitos visuais que deixam qualquer um de queixo caído. Excelente surpresa e excelente volta da série à TV. Espero que J.J. Abrams continue assim.

Nota: 9

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Music Review

- Nova categoria no blog, com visual novo.


Artista: Elliott Yamin
Álbum: Fight For Love, 2009

Elliott Yamin foi o 3º colocado no programa de calouros norte-americano "American Idol", na edição de 2006. No ano seguinte lançou o álbum com seu nome, que ganhou disco de ouro e ficou em 3º no Top 200 da Billboard.

Em seu segundo álbum, dois anos depois (em 5 de maio), o cantor está bem mais maduro, ainda segue a linha pop com forte tendência R&B.

O CD possui 12 faixas e confesso que gosto de todas, de modo geral suas músicas pegam facilmente e te deixam com vontade de ouvir sempre mais um pouco, sorte a nossa que 9 faixas bônus foram liberadas poucos dias depois do lançamento oficial do álbum.

O primeiro single, "Fight For Love" estreou bem, ficou na 80ª posição da Billboard de músicas pop e ganhou um videoclipe (veja no fim do post), seu outro single "Let Love Be" também ganhou um clipe.

Meus destaques para o CD são as músicas "Let Love Be", com uma batida pop-blues, excelente ritmo e ótima voz de Elliott. "You Say" explora mais os vocais do cantor, que não deixa a desejar e mantém bem as notas e o ritmo da canção. Mas meu maior destaque vai para "Someday", última faixa, canção feita em homenagem à mãe, que falecera meses antes. Para quem acompanhou o reality show, como eu, podiam ver como o rapaz era apegado a mãe, a letra é bem comovente e a melodia também.

Elliott é outro excelente artista revelado pelo programa, mas sua voz e seu estilo próprio o destacam e fazem com que "Fight For Love" seja seu melhor álbum e, com certeza, um dos melhores já lançados pelos ex-participantes do "American Idol".


Videoclip "Fight For Love"

sábado, 3 de outubro de 2009

Fechamento de Setembro





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UPDATE: O título do filme "Observe and Report" em português é "O Segurança Fora de Controle" e não o escrito acima.

E "Adventureland" ganhou seu título para DVD: "Férias Frustradas de Verão"


Filme do Mês: Religulous - Que o Céu nos Ajude

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Terra de Aventuras

Adventureland (2009)

Direção: Greg Mottola
Roteiro: Greg Mottola
Elenco: Jesse Eisenberg, Kristen Stewart, Ryan Reynolds
Extra: O filme faturou mais de US$ 16 milhões. Cotação no site Rotten Tomatoes: 89%. A personagem Em toca nervosa/ansiosamente no cabelo 55 vezes ao longo do filme.



Um inesperado sucesso de crítica, "Adventureland" traz uma história tipicamente norte-americana voltada para os adolescentes. A diferença é que se passa nos anos 80. James Brennan (Eisenberg) é um jovem que termina o colégio e tem de partir para a faculdade, porém seus pais, sem dinheiro, o levam para trabalhar em um parque de diversões durante o verão. O tal parque se chama "Adventureland".

James que - pasmem - tem problemas de se relacionar com garotas, é virgem, logo se encanta pela colega de trabalho, Em (Stewart). Bem típico, não?

Mas então, o que fez com que o filme obtivesse esse reconhecimento dos críticos? O diretor Greg Mottola (do maravilhoso "Superbad") consegue montar todo o clima dos anos 80 de maneira excelente, desde o figurino da menina popular do parque, até as músicas tocadas no lugar.

O roteiro é agradável, cheio de clichês, algumas vezes subestima a capacidade de percepção do espectador - algo que me incomoda profundamente -, mas que consegue ter tiradas muito engraçadas, construir bem os personagens e fazer a história fluir. Um ponto a menos para a edição que, apesar do bom ritmo do filme, imprimi cortes e fades desnecessários e mal utilizados.

Os atores carregam bem o filme, o protagonista dá toda a inocência de jovem estadunidense típica e seus problemas, Stewart consegue ficar melhor aqui do que na saga "Crepúsculo" e Ryan Reynolds, apesar de bom ator, não tem para onde correr em um papel simples, mas que rende satisfatoriamente.

Apesar dos erros, "Adventureland" diverte, possui um clima muito legal e deixa um saudosismo no ar. Uma boa brisa fresca no meio de tantas comédias deploráveis. Vale a pena.


Nota: 7


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Rapidinhas

- Sem ter visto o Emmy ontem até o final, deixarei para comentar em outra oportunidade. Agora, "quick reviews":



O Solista (The Soloist)
Direção: Joe Wright

Jamie Foxx faz um bom trabalho e convence mais do que Robert Downey Jr. O filme tinha um excelente potencial, mas decepciona. Destaque para a excelente trilha sonora, que se não fizesse sua parte arruinaria o filme.

Nota: 6



Persépolis (Persepolis)
Direção: Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi

Uma animação bem adulta que mostra de maneira impecável a vida da jovem Marjane. História contada da melhor maneira possível, excelente escolha dos realizadores ao fazerem uma animação de tanta qualidade.

Nota: 8,5



Religulous - Que o Céu nos Ajude (Religulous)
Direção: Larry Charles

Do mesmo diretor de "Borat" e "Brüno", este documentário escrito e apresentado por Bill Maher coloca contra a parede todas as religiões, para àqueles como eu que tinham suas dúvidas é um excelente documentário, mas para os crentes pode soar um pouco forte. Para mim, um dos melhores do gênero.

Nota: 9,5



Distrito 9 (District 9)
Direção: Neill Bloomkamp

Um filme de "baixo" orçamento, sul-africano e que não deixa absolutamente nada a desejar as megas produções de Hollywood, o novato Neill Bloomkamp tem de ser acompanhado de perto. Excelente jogada do produtor Peter Jackson. Filme com efeitos impecáveis e uma história crível que foi majestosamente desenvolvida.

Nota: 9

sábado, 12 de setembro de 2009

Snyder e seus efeitos

Watchmen - O Filme (Watchmen, 2009)


Direção: Zack Snyder
Roteiro: David Hayter e Alex Tse
Elenco: Malin Akerman, Billy Crudup, Matthew Goode, Jackie Earle Haley
Extra: Baseado nos quadrinhos de Alan Moore. Custou US$ 130 milhões.


Sinopse: O assassinato de um vigilante faz com que seus antigos companheiros se reencontrem, levantando também a possibilidade da existência de um assassino de mascarados. [AdoroCinema]


Zack Snyder ficou conhecido mundialmente após o sucesso do excelente "300", antes já tinha feito o bom "Madrugada dos Mortos" que trouxe mais uma vez os zumbis para as telas. Três anos depois do último filme, Snyder dirige a adaptação de mais uma "graphic novel": "Watchmen".

A história tem um potencial cinematográfico incrível, com uma trama excelente, crível, num mundo real "paralelo". Imaginem Nixon reeleito 5 vezes nos EUA. Porém o filme decepciona.

O ritmo do filme é muito lento, nota-se pela sua duração: 2h40 minutos, longo demais. O engraçado é que "O Cavaleiro das Trevas" também é longo e não sentimos o tempo passar, qual o problema então? Atribuo ao diretor. Snyder não imprime no seu filme o mesmo ritmo alucinante de Nolan em "Batman", os atores são pouco carismáticos - com exceção de Jackie Earle Haley como Rorschach - e não conseguem carregar o filme, o roteiro deixa muitíssimo a desejar como adaptação, ficando confuso em certos momentos, acho que a dupla de roteiristas esperava que todos conhecessem a trupe de heróis.

Mas o filme não tem nada de bom? Pelo contrário, os efeitos especiais são impecáveis, lindíssimos. Toda a parte visual do filme é realmente impressionante, cores fortes, tons sombrios, efeitos de larga magnitude. Além das lutas, incrivelmente bem coreografadas, mas esperava ao menos disse de Snyder após batalhas épicas em "300", consegue trazer essas ótimas cenas de ação para este longa.

Altamente qualificado em sua parte visual e técnica, "Watchmen" decepciona nos principais aspectos: direção, roteiro e atuação. Confira por sua conta e risco.


Nota: 5


terça-feira, 1 de setembro de 2009

Fechamento de Agosto

Agosto foi o mês que mais assisti filmes no ano: 29. Mas a maior média - 7,8 - ainda é Junho.





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Filme do Mês: Psicose (1960). Nota: 9,5

domingo, 23 de agosto de 2009

A comédia do ano?

Se Beber, Não Case (The Hangover, 2009)


Direção: Todd Phillips
Roteiro: Jon Lucas e Scott Moore
Elenco: Bradley Cooper, Ed Helms, Zach Galifianakis
Extra: Custou US$35 milhões e já faturou quase US$ 266 milhões

Sinopse: Doug (Bartha) vai casar e seus amigos Phil (Cooper) e Stu (Helms), acompanhados do cunhado Alan (Galifianakis), o levam para Vegas e se hospedam no tradicional Ceasar Palace. O objetivo, claro, é abusar da diversão. Mas alguma coisa acontece e os caras acordam no dia seguinte sem a menor idéia do que rolou na madrugada. E o pior: o noivo está desaparecido. [AdoroCinema]


Começamos com uma premissa que é bastante comum: despedida de solteiro em Las Vegas. Já vimos isso várias vezes, portanto quando li o resumo achei que seria mais do mesmo. Aí veio o trailer e toques originais foram mostrados, então o filme, sucesso absoluto de bilheteria nos EUA.

"The Hangover" (no original) conta com um excelente roteiro da dupla Lucas e Moore, que consegue deixar o filme - que tinha tudo para cair na mesmice - divertido, original, com elementos de praticamente todos os gêneros que existem. Todd Phillips já é acostumado a filmes leves e voltados para um públicos jovem como "Dias Incríveis" e "Caindo na Estrada" sabe lidar muito bem com as sequências de ação que são muito bem feitas, as partes de comédia contam com uma excelente edição e a produção de todas as maluquices são altamentes bem feitas.

O elenco é praticamente todo de desconhecidos, o trio principal só faz algumas participações em filmes maiores e levam o filme com segurança. Excelente timing para comédia, dão o que faltavam ao filme, e com uma trinca de elenco, direção e roteiro é difícil alguma filme dar errado e "Se Beber, Não Case" passa muito longe de dar errado.

Uma das melhores comédias da temporada que nada devem ao diretor/produtor do momento Judd Apatow, "Se Beber, Não Case" é a melhor pedida se tratando de comédia mais "light" e não menos engraçada.


Nota: 8,5


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

TV Review: No Limite

Acredito ser importante mudar quando necessário. Venho notando que a grande maioria dos blogs hoje em dia não se prendem a um tema específico, possuem seu foco principal, mas falam de outras coisas. Portanto decidi seguir uma linha parecida.

O foco principal continua sendo as reviews de cinema, porém farei de outras coisas, seja programa de TV, música, livro, qualquer coisa do meio que mereça destaque.

Tive essa idéia ao querer falar do "No Limite" no Twitter e os 140 caracteres mostraram-se insuficientes. Nada melhor, então, do que começar com o reality show.


No Limite (Ceará, 2009; direção: Boninho; apresentação: Zeca Camargo)


O programa começou com uma bela produção. A paradisíaca praia do Coqueiral, no Ceará é o palco perfeito para a atração. Uma vantagem do Brasil em relação ao Survivor americano, é que não falta lugares assim para o programa, possibilitando várias edições diferentes sem precisarem ir para outros países (visto que provavelmente o orçamento daqui é bem menor).

Eu não levava muita fé no programa, mas 5 episódios depois, acompanho e torço por alguns candidatos. Acho a abertura muito bem feita, adoro aquela música tema. Aliás, a trilha sonora do programa eu acho excelente, combinando muito bem os momentos e alguns sons um tanto diferentes que encaixam perfeitamente no reality.

A princípio achava que eles estavam com muita mordomia, mas minha visão mudou, acho que estava sendo malvado demais, estar ali já deve ser muito difícil.

O episódio de ontem foi um dos melhores até agora. Começando pelas novas regras que são bem melhores - ao invés do público eliminar, a própria tribo escolhe, como o programa só passa duas vezes na semana, não tem como sabermos quem deve ou não sair, a tribo toma melhor essa decisão, além de aumentar a tensão entre eles. O Exílio é uma boa idéia, com um porém: teria que ser somente um candidato da equipe perdedora, o cara da equipe que vence tem que se ferrar por quê?

Falando em equipe vencedora se ferrar, também discordei em a Manibu escolher duas pessoas da Taiba para ficarem de fora - para igualar o número - se eles possuem mais pessoas é porque fizeram por merecer, então devem ter o direito de deixarem de fora quem acharem melhor, para usufruirem dessa vantagem.

O apresentador Zeca Camargo é bom, durante as provas, na parte do portal não tem aquela enrolação toda do Pedro Bial, é mais direto, porém fica um pouco enrolado na parte de "improvisar", gaguejando bastante. Mas consegue levar tranqüilo.

Com provas dinâmicas - a última com as comidas exóticas foi muito boa, partindo da idéia de que ficamos com real nojo em casa -, competidores interessantes, belo cenário e bela produção, "No Limite - Ceará" me agradou bastante e espero que mantenha o nível.


Até o momento, Nota: 8,5


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

The time goes by...

Um Pobretão na Casa Branca (Head of State, 2003)


Direção: Chris Rock
Roteiro: Chris Rock e Ali LeRoi
Elenco: Chris Rock, Bernie Mac, Dylan Baker
Extra: Faturou mais de US$ 37 milhões nas bilheterias.

Sinopse: Para atrair as minorias, um partido decide lançar como candidato a presidente um vereador negro e pobre. Porém o que não se esperava era que ele se tornasse cada vez mais popular e tivesse chances reais de ser eleito Presidente. [AdoroCinema]



Bom, talvez alguns não conheçam o filme e podem se perguntar o motivo de escrever sobre ele, mas a verdade é que não pretendo falar do filme em si. Achei muito curioso quando o vi novamente essa semana na TV à cabo. Já havia assistido ao filme em 2004 ou 2005, no mesmo canal e havia adorado, achado divertido, lidado com um tema que eu gosto - política - e ter me divertido bastante.

Alguns anos depois, me pego achando tudo aquilo impressionantemente idiota, piadas de mau gosto, clichês que não ficam nada bem, atuações pavorosas, roteiro perdido e direção mais ainda. Achei incrível como mudamos ao longo dos anos, um filme que adorava agora detesto, curioso? Talvez.

"Um Pobretão na Casa Branca" traz Chris Rock à frente da direção, roteiro e atuação, com isso, dedico o fracasso do filme totalmente a ele, que é uma pessoa que eu não simpatizo - muito por sua declaração no ano em que apresentou o Oscar, que disse que só quem assiste à cerimônia são gays, mulheres e desocupados, mostrando seu total descaso com o maior prêmio da indústria e que ele apresentaria.

Mas o foco do post não seus as tomadas péssimas, tentativas altamente forçadas de fazer rir, piadas ridículas e que alcançam somente àquele público específico que gosta de comédias "burras", com raríssimos momentos... "simpáticos". O foco é mostrar os diferentes olhares que podemos ter sobre uma obra, as diferentes opiniões, que não só variam de pessoa para pessoa, como ela própria pode mudar ao longo do tempo. E essa diferença de opiniões me fascina, talvez por isso goste tanto desse nosso "universo" dos blogueiros de cinemas, ver tantas opiniões diferentes sobre uma mesma obra.

Viva a democracia e abaixo Chris Rock.


Nota: 3


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Review

Feliz Natal (idem, 2008)


Direção: Selton Mello
Roteiro: Selton Mello e Marcelo Vindicato
Elenco: Leonardo Medeiros, Darlene Glória, Paulo Guarnieri, Lúcio Mauro.
Extra: Três indicações ao Grande Prêmio Vivo do Cinema Brasileiro (Som, Atriz [Darlene Glória] e Ator Coadjuvante [Lúcio Mauro])

Sinopse: Um homem decide retornar à capital após muitos anos. Lá ele encontra sua família com diversos problemas, sendo que sua presença altera a situação de todos. [AdoroCinema]


Assisti "Feliz Natal" com certa expectativa. Um erro, sim, mas não pude evitar. Esperava que Selton Mello atrás das câmeras fosse tão bom quanto o à frente delas. Para mim, não foi.

Os primeiros dez minutos de filmes são extremamente chatos, repetitivos e cansativos. Dez minutos apenas. Ali já vi que não seria como eu imaginava. Pois bem, as partes boas: gostei das atuações em especial do protagonista Leonardo Medeiros, sempre correto. Lúcio Mauro não decepciona vivendo o pai da família, Darlene Glória, a mãe problemática também tem cenas muito boas.

A fotografia do filme é boa, mas nada excelente. A parte técnica em geral apenas cumpre sua parte. Me decepcionei com a trilha do filme, achei por demais repetitiva, apesar da canção ser até boa.

O filme conta com uma boa trama familiar, problemas palpáveis, algumas cenas realistas, você sente que aquilo pode acontecer - e acontece - em qualquer família, não é nada improvável, essa parte mais humana do filme funciona muito bem, os delírios do protagonista são muito bem representados, porém, apesar da boa trama, achei o roteiro muito fraco, diálogos pouco marcantes, situações que poderiam ser melhor trabalhadas.

Algo que me incomodou bastante foram planos-sequência extremamente longos, fixos, monótonos. Achei o relacionamento do casal vivido por Guarnieri e Graziella Moretto foi mal trabalhado, principalmente seu desfecho. Porém, uma das cenas finais - com um plano estático - funciona muito bem, apesar de previsível.

No geral, fiquei decepcionado e achei que as partes ruins ofuscaram muito as boas. Com uma boa trama mal trabalhada, Selton Mello peca na sua estreia na direção. Espero que seja azar de principiante e que com experiência nos brinde com direções melhores.


Nota: 6


sábado, 1 de agosto de 2009

Fechamento de Julho

- Olá. Eu considero agosto como o mês de criação desse novo formato do blog, com reviews. Portanto, hoje dia 1º, completo 1 ano à frente do The Cine Review. Obrigado a todos que o acessaram, comentaram e ajudaram direta ou indiretamente. Só continuo aqui graças a vocês. Obrigado.







CORREÇÃO: Desculpe, faltou um filme na lista de julho:

Wimbledon - O Jogo do Amor (Wimbledon)* | Richard Loncraine | 2004 | 7,5


-> Filme do Mês: O Mágico de Oz

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A Mágica

Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Harry Potter and the Half-Blood Prince, 2009)


Direção: David Yater
Roteiro: Steven Kloves
Elenco: Daniel Radcliffe, Emma Watson, Rupert Grint, Michael Gambon, Alan Rickman, Jim Broadbent.

Sinopse: Ao mesmo tempo em que tem um interesse cada vez maior por Gina Weasley, Harry Potter é preparado por Dumbledore para o confronto final com Voldemort. [AdoroCinema]


Como grande fã da série, fui assistir ao sexto filme na primeira sessão que pude encontrar: de terça para quarta, meia-noite. Cinema lotado, pessoas fantasiadas, falatória, expectativa. Tudo para assistir o quanto antes uma das maiores sagas da história do cinema. Só para citar o cinema.

David Yates, que assumiu a franquia no último filme (A Ordem da Fênix), já tinha feito, para mim, um excelente trabalho. Até o momento considerava "A Pedra Filosofal" o melhor, mas temos de levar em conta o tamanho do livro a ser adaptado (o 1º com 263 páginas e o 6º com 510), portanto Yates tinha conseguido algo que para mim, Cuaron e Newell falharam: contruiu uma história digna dos livros.

Na parte técnica a série sempre foi bem-sucedida, mas "O Enigma do Príncipe" surpreende. Uma fotografia marcante de Bruno Delbonnel, estreante na série, um figurino impecável, uma direção de arte absolutamente surpreendente, próxima a perfeição. A trilha sonora de John Williams, no primeiro volume foi absolutamente marcante, dessa vez a trilha bem mais sombria de Nicholas Hooper, guarda traços dos tempos tranquilos de anos passados.

O filme mostra muito bem essa mudança, de como os corredores felizes da escola, agora estão sombrios e tensos, os semblantes dos jovens preocupados. E por outros lado, sem dúvida esse é o filme mais romântico, por assim dizer. Os hormônios aflorados, essa parte da vida é muito bem explorada pelo diretor, rendendo ótimas cenas de comédia.

A partir daí, começo a falar dos atores. Radcliffe (Potter) nunca esteve tão seguro no papel, em um determinado momento da projeção até surpreende no humor, consegue carregar bem o fardo. Watson (Granger) evoluiu junto com os outros, nesse filme a considero a mais fraca do trio, já Grint (Weasley) continuo mostrando seu excelente timing de comédia, protagonizando as melhores cenas.

Mas "Harry Potter" sempre surpreendeu com seus coadjuvantes. Helena Bonham Carter (Belatriz) volta ainda mais sádica e brilhantes. Tom Felton ganha espaço como Malfoy e faz o dever de casa muito bem. Jim Broadbent cai como uma luva (assim como Imelda Staunton em A Ordem da Fênix) como o prof. Slughorn, com cenas de comédia excelentes e um monólogo dramático igualmente marcante. Michael Gambon faz seu melhor papel como Dumbledore, mostrando bem seus temores, sabedoria, fraquezas... essa última a mais marcante. Alan Rickman finalmente ganha mais tempo na tela e mostra, outra vez, um trabalho impecável, é o verdadeiro prof. Snape, brilhante.

O final me deixou a desejar, mas atribuo isso ao feto de ser fã dos livros, esperava três momentos em especial no filme que não vieram, mas não chegam a prejudicar, só diminuem a nota.

Digo com segurança que "O Enigma do Príncipe" é o melhor da série, agradeço a David Yates por ter feito um trabalho primoroso. Uma parte técnica absurda, coadjuvantes inesquecíveis e a direção seguríssima, com alívio e satisfação, recomendo "Harry Potter e o Enigma do Príncipe".


Nota: 8,5


sexta-feira, 10 de julho de 2009

Quick-Review

Entre estudos e provas, atualizações.



Amistad (idem, 1997)

Direção: Steven Spielberg
Roteiro: David Franzoni
Elenco: Morgan Freeman, Djimon Hounsou, Anthony Hopkins, Matthew McConaughey.
Extra: Indicado a 4 Oscars (Ator Coadjuvante [Anthony Hopkins], Fotografia, Figurino e Trilha Sonora - Drama) e 4 Globos de Ouro (Melhor Ator - Drama [Djimon Hounsou], Ator Coadjuvante [Anthony Hopkins], Diretor [Steven Spielberg] e Filme - Drama). Custou US$40 milhões.

Sinopse: No século XIX, um navio espanhol é capturado na costa americana, contendo 53 escravos negros amotinados a bordo. Ao chegar em território americano, eles são levados a um grande julgamento que cria polêmica entre os abolicionistas e os conservadores do país.



Com um tema forte, imagens fortes e elenco ainda mais forte, "Amistad" é um excelente filme, funciona como obra de ficção e como documento histórico, já que seus fatos são reais. Não é à toa que todos conhecem Spielberg o homem sabe fazer filmes como poucos e esse é mais um competente e excelente filme que produz. Sua direção é forte, com boas sequências, auxiliado em roteiro com excelentes diálogos e monólogos.

Uma fotografia lindíssima de Janusz Kaminski, que soube fazer uma iluminação que só engrandeceu o filme, como a cena de Freeman em um barco, de Hounsou "escondendo-se" na névoa e vários outros momentos. Indiscutível.

Figurino perfeito de Ruth E. Carter, não tem o que comentar. Uma trilha sonora excelente de John Williams, que compõe as cenas de forma impecável.

Destaque tão grande quanto são para os atores. Para mim é sem dúvida, o melhor trabalho de Matthew McConaughey, Morgan Freeman nos brida com uma excelente performance - como de costume, Anthony Hopkins, dispensa comentários, faz uma cena soberba no fim do filme e Djimon Hounsou domina o filme de maneira espetacular, não consigo apontar uma cena fraca, o homem mostra todo seu talento, e que talento. Poderia muito bem ser melhor utilizado nos dias de hoje, para mim Hollywood não sabe o que está perdendo.

"Amistad" é uma obra que agrada a maior parte do público e que fica na memória por bastante tempo. Parabéns a Spielberg e toda sua equipe. Excelente.


Nota: 9


sexta-feira, 3 de julho de 2009

Fechamento de Junho





CORREÇÃO: faltou um filme na lista:

Entre os Muros da Escola (Entre les murs) | diretor: Laurent Cantet | ano: 2008 | nota: 8



"Star Wars: Episódio III - A Vingança dos Sith" - 9,5

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Adeus




Michael Jackson

1958 - 2009

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Fechamento de Maio



(clique para ampliar)



-> Filme com a maior nota (8,5) e pelo critério de desempate, vale o mais antigo:

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Extra

O verdadeiro American Idol 2009





Não esperava que fosse acontecer, mas mais um Idol entrou na minha lista dos melhores de todas as temporadas:

Clay Aiken, Carrie Underwood, Melinda Doolittle e, agora, Adam Lambert.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Fechamento de Abril

- As atualizações estão difíceis, mas vou tentar vir quinzenalmente. O Fechamento do Mês é certo. ;)







-> O Melhor do Mês: "O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei"
Nota: 10