sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ouvindo: O Casamento de Rachel

Álbum: Rachel Getting Married - Original Motion Picture Soundtrack
Artista: Donald Harrison Jr., Zafer Tawil e outros artistas

Desde o lançamento do filme "O Casamento de Rachel" em 2008, venho tentando achar a trilha sonora... sem sucesso. Até semana passada.

O grande diferencial de sua composição é a trilha diegética, ou seja, a música originada pelo que vemos em tela. E isso dá ao filme de Jonathan Demme uma sutileza ainda maior, uma sensação de proximidade, ficamos mais íntimos, a trilha é mais "palpável".

Por justamente vermos a trilha na tela, temos composições como a marcha nupcial ("Here Comes The Bride") de forma original, como a personagem Rachel queria, o samba ("Samba for Shiva") durante a festa com as vozes dos personagens ao fundo.

Mas provavelmente minha composição favorita é a cança "Unknown Legend", cantada por Tunde Adebimpe, certos momentos sem acompanhante de instrumentos, outras vezes somente algo suave, a canção é íntima, pessoal, combinando perfeitamente com o filme e fora dele também.

Outros destaques vão para "Rachel loves Sidney (Reprise)", "In My Soul" e "It's Been Done".

Valeu a espera de tanto tempo para achá-la, a trilha sonora de "O Casamento de Rachel" continua tão boa quanto me lembrava e vale a pena ouvir.

Para fazer o download clique AQUI

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Ônibus 174

Eu tinha apenas 9 anos em 2000, quando aconteceu o caso do ônibus 174, mas mesmo tão jovem me lembro perfeitamente da televisão transmitindo aquilo o dia inteiro, as professoras falando pela escola e aquele desfecho que causou indignação em grande parte da população.

Dois anos depois, José Padilha decide fazer um documentário a respeito do caso. Excelente materialque nas mãos desse ótimo diretor se tornou mais uma belo exemplo dessa categoria nacional. Ao contrário do recente - e de ficção - "Última Parada 174" (2008), de Bruno Barreto, que na minha opinião pareceu querer abrandar demais, justificar demais a ação do delinquente, Sandro do Nascimento. O documentário faz o correto: apresenta todos os lados da história e te permite tirar suas próprias conclusões a respeito.

Toda a produção do filme, desde ouvir jovens de rua, até um dos chefes do BOPE (Batalhão de Operações Especiais), garante ao filme credibilidade. Explica todos os fatos que possam, talvez, ter direcionado a ação de Sandro - a morte da mãe, a chacina da Candelária - e também sua parte bandida, que apesar de sofrida, não justifica seus atos.

O depoimento das vítimas que estavam no ônibus, mostram um lado da história que só podíamos saber, verdadeiramente, através delas próprias. O da "mãe" de Sandro é, provavelmente, o mais emocionante do filme.

O documentário vai além. Mostra inclusive as instalações do Insituto Padre Severino, para jovens infratores, as cadeias, questiona como daqueles lugares deploráveis podem sair marginais "recuperados"?

Padilha sabe conduzir e abordar o tema de forma impecável, sabendo emocionar, chocar, denunciar e informar.

Nota: 9


(idem, 2002)

Direção: José Padilha
Roteiro: José Padilha
Extra: Indicado ao Directors Guild of America 2004, para melhor direção em documentário (José Padilha).

quinta-feira, 8 de abril de 2010

X-Men Origens: Wolverine

A franquia "X-Men" é tudo que Hollywood mais ama: uma fórmula com público certo sem precisar se preocupar muito com história ou esses aspectos mais chatos, basta gastar milhões com efeitos visuais e especiais. Após "fecharem" a série em grupo, não poderiam deixar essa fonte de dinheiro secar, portanto, vamos contar as origens dos principais mutantes. Pra começar? Provavelmente o mais popular deles: Wolverine - que de quebra é interpretado pelo galã Hugh Jackman.

A "trama" mostra Logan no início de sua vida, pacata, trabalhando numa madeireira e apaixonado por sua mulher, claro que tudo isso muda e papo vai, papo vem ele decide deixar que um grupo militar o use como cobaia de um experimento. A experiência funciona e agora o esqueleto de Logan e coberto de adamantium, uma espécie de metal indestrutível. E partimos pra porrada.

Fiquei surpreso ao constatar que os efeitos visuais do filme ficam abaixos do padrão que nos deixaram acostumados nos dias de hoje. Algumas cenas ficam feias - quase como aquelas de "Crepúsculo", meio amadoras, com a licença claro, já que a culpa é da própria indústria que nos mima com efeitos cada vez mais impressionante.

A história é rasa, como esperada, as atuações são fraquíssimas, também já esperada. Apesar de Hugh Jackman ter um talento maior do que apresenta, mas o personagem não lhe permite crescer - já provou suas habilidades em outros trabalhos. Os outros atores não acrescentam nada, fazendo apenas o necessário, não sendo ridículos, mas nem relevantes. Foi bacana ver o Gambit pela primeira vez (já que curto a série, mais pelo desenho animado de anos atrás e pelos primeiros filmes) e nem lembro de Ryan Reynolds, acho que dormi quando ele apareceu.

A direção de Hood é fraquíssima. Num filme do gênero esperamos ao menos boas cenas de luta, nesse vi apenas uma que foi mais bacana. Completamente perdido.

O filme falha em todos os aspectos e espero que, se quiserem fazer mais filmes, chamem Bryan Singer de volta, ele ao menos fazia filmes divertidos de serem vistos.


Nota: 3


(X-Men Origins: Wolverine, 2009)

Direção: Gavin Hood
Roteiro: David Benioff e Skip Woods
Elenco: Hugh Jackman, Liev Schreiber, Danny Huston, Taylor Kitsch, Ryan Reynolds, Will.I.Am
Extra: Custou US$150 milhões

domingo, 4 de abril de 2010

Fechamento de Março

- Com as boas notícias de ter conseguido entrar para a Faculdade Nacional de Direito (UFRJ), posto aqui o Fechamento do Mês, que devido aos estudos antes citados, só me permitiram conferir 14 filmes. Obrigado a todos pelas mensagens de apoio, deu certo! xD



(clique para ampliar)


Filme do Mês: "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain"