Ao ver o trailer ou apenas ouvir falar sobre "Querido John" conseguimos imaginar metade do filme e seu óbvio público-alvo. Nenhum novidade até aí, temos vários exemplares como "Um Amor Para Recordar", o recente "Cartas para Julieta" - estrelado pela própria Amanda Seyfried, portanto já desisti de criar alguma expectativa sobre esses filmes, o que pode acabar sendo bom e me surpreender. Infelizmente, não é o caso deste exemplar.
O longa mostra a imediata e apaixonante relação de John (Tatum) e Savannah (Seyfried), que ao final de um verão perfeito o homem tem de voltar ao exército. Nota-se a profundidade do longa no resumo, isso para não entregar absolutamente nada da história...
Enfim, o próprio diretor, Lasse Hallström, já nos entregou filmes que gostei, como "Regras da Vida" e "Gilbert Grape - Aprendiz de Um Sonhador", mas nada fantástico. Sua direção é bem simplista, fazendo o básico na condução da história, junto de um roteiro bem fraco - aliás, o livro em que o filme é baseado, de Nicholas Sparks, o autor é o mesmo de "Noites de Tormenta", "Um Amor Para Recordar" e "Diário de Uma Paixão", portanto qualquer semelhança não é mera coincidência.
As atuações são realmente superficiais, apesar do nítido esforço de Seyfried e Tatum, não consegui acreditar em suas performances, com uma leve exceção à cena do hospital, em que o rapaz contracena com a única coisa boa do filme: o pai, personagem de Richard Jenkins, este sim, mesmo em um filme ralo, consegue colocar densidade em seu papel - o mais interessante da trama. Vale reconhecer o trabalho do homem. Essa cena é a melhor parte do filme, porém não boa o suficiente para fazê-lo valer a pena.
O roteiro caminha pela previsibilidade e não aconselho a gastar seu dinheiro no filme. Veja na TV com alguém ao lado, provavelmente será melhor. Um filme simpatiquinho que Jenkins domina. Só.
Nota: 4,5
(Dear John, 2010)
Direção: Lasse Hallström
Roteiro: Jamie Linden (baseado na obra de Nicholas Sparks)
Elenco: Channing Tatum, Amanda Seyfried, Richard Jenkins, Henry Thomas
Extra: Custou US$25 milhões. 108 minutos.
7 comentários:
Se vc já viu uma adaptação de Sparks ... já viu todos ... uma pena que esse filme não mudou nada do estilo ... além da mina ser fraquinha ...
abraços
Gostei do novo visual! Sobre o filme, não tenho muita curiosidade. Adoro "O Diário de uma Paixão", mas os outros dois baseados em obras de Spark não me agradaram nem um pouco. Este me chama atenção por Seyfried, Jenkins e Hallström.
Verdade que o filme caminha previsibilidade... Mas eu até que gostei. Esperava bem pior. O que mais chamou a minha atenção foi como o Lasse Hallström conseguiu realizar um filme clichê mas que nunca se torna insuportável ou enjoativo.
Para mim o Lasse Hallström é um diretor medíocre, até seus filmes mais reconhecidos ficam abaixo da média na minha opinião - à exceção talvez de "Regras da Vida", que é bonitinho mas não merecia tanto reconhecimento. Não tenho muita curiosidade quanto a esse...
Ótimo visual!!
Sobre o filme, é exatamente isso. Tem um público alvo e fora ele, não deve agradar muito não.
JP, realmente o filme possui todos os elementos das obras de Sparks, uma pena.
Wally, valeu =) A princípio essa trinca também me chamou a atenção, mas decepciona...
Matheus, ele não chega a se tornar insuportável, mas enjoativo achei sim...
Vinicius, nem precisa ter, quando não tiver nada melhor assista, só assim :p
Luis, valeu =)
Obrigado a todos pelos comentários =D
Gostei da tua resenha, não te preocupas em dizer o que sente ao ver qualquer forma inusitada de depressão. Melhor ainda é ver você falando de um filme que aqui no Brasil foi feito uma enorme propaganda, chamando atenção de todos, quando eu pude assistir, não achei que seria grande coisa por aqui, mas o pessoal realmente estava afim de promove-lo.
Parabéns pelo teu blog, vou começar a passar por aqui.
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